sexta-feira, 21 de março de 2014

Fénix


Os pensamentos fluem até pedaços encardidos de alma onde tudo perde o sentido. No âmago do ser inconsequente e imponderado encontra-se a substância pensada extinta: resistência. 
No derradeiro abandonar do que já foi aquilo que já não é, deixamo-nos ir de braços e mente abertos com tal simplicidade que deixamos transparecer cada bocadinho de nós, até o mais rebuscado. Na frieza da solidão recente a saudade não bate como esperado, curioso. Sabemos que não perdemos, apenas guardámos para mais tarde. 
Foi-nos negada a continuação e imposta a pausa e o recomeço. Haveremos de ter sempre o conforto doirado das memórias e o aconchego azul dos momentos. As cicatrizes hão-de sarar por respeito e o que se partiu reconstruir-se por amor. Haveremos de ver por outros olhos aquilo a que os de agora são cegos; expandir horizontes. No momento da verdade de todas as mentiras involuntárias, admitimos a crueldade de uma realidade fictícia que outrora fora nossa. 
Deixamo-nos despir das incertezas que atormentam e alimentamo-nos da esperança que tanto esperamos ter. Quando o bicho nostálgico e negro ameaçar bater à porta, fugiremos pela janela e iremos com o vento passear por onde já andámos mas nunca notámos. Haveremos de viajar para tão longe que no dia em que voltarmos não haveremos de ser iguais, haveremos de ser quem nunca pensámos que fossemos ou viéssemos a ser. Haveremos de ser livres, abstratos e eloquentes. Haveremos de ser quem quisermos ser. E no meio da confusão vocabular de uma existência negligenciada e renegada compreenda-se que este alguém é apenas mais um alguém, sem nada de diferente: és tu, sou eu, não é ninguém.



                                                                                                             Inês Mira
                                                                                                                  10º D

  

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014



Sinto Muito é a nossa sugestão de leitura. Este livro, da autoria do Dr. Nuno Lobo Antunes, retrata a sua experiência como médico na assistência a crianças vítimas de cancro.

Biografia: Nuno Lobo Antunes nasceu no dia 10 de Maio de 1954.
 Seguindo as pisadas do pai, tirou o curso de Medicina e especializou-se em Neurologia Pediátrica.
Começou a exercer em 1977, nos Hospitais Civis de Lisboa. Oito anos depois foi para os Estados Unidos, aí continuou a sua formação, no Instituto Neurológico da Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
 Regressou a Portugal em 1989, tornando-se Assistente Hospitalar de Pediatria no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
 Investigador, médico e professor universitário, dedicou-se, de corpo e alma ao estudo do cancro em crianças.
Nuno Lobo Antunes publicou os livros Vida em mim, em 2010, Mal entendidos, em 2009, e Sinto muito, em 2008.

 «Há no médico o desejo de ser santo, de ser maior. Mas na sua memória transporta, como um fardo, olhares, sons, cheiros e tudo o que o lembra de ser menor e imperfeito. Este é um livro de confissões. Uma peregrinação interior em que a bailarina torce o pé, o saltador derruba a barra, o arquiteto se senta debaixo da abóbada, e no fim, ela desaba. O médico e o seu doente são um só, face dupla da mesma moeda. O médico provoca o Criador, não lhe vai na finta, evita o engodo. Mas no cais despede-se, e pede perdão por não ter sido parceiro para tal desafio»


Entrevista ao Autor por Margarida Ribeiro



A entrevista que se segue foi  amavelmente  concedida  à Margarida  Ribeiro, aluna da nossa escola que, no âmbito do Contrato de Leitura,  se propôs apresentar a obra Sinto Muito .



 Gostaria de começar por lhe agradecer a sua disponibilidade e simpatia ao ajudar-me neste trabalho e de lhe manifestar a minha admiração. É, sem dúvida, um livro que me marcou e que recomendo. Dar-me-á muito gosto apresentar esta obra aos meus colegas e professora.

Após a leitura de Sinto Muito ocorre-me perguntar:

P- O que é que Sente Muito?
R- A dor de quem ama e no horizonte vê a perda do objeto do seu amor.

P- O nosso país enfrenta atualmente dificuldades a nível económico, afetando várias pessoas por todo o país. Como médico, qual a sua opinião sobre a saúde em Portugal?
R- Assimétrica nas condições e na qualidade dos cuidados.

 P- O seu livro, conta-nos alguns episódios da sua vida enquanto médico. Destes qual/quais os que mais o marcaram?
R- De todas as histórias do livro foi seguramente a de Jennifer.

 P- Refere,num dos seus depoimentos, que a leitura esteve sempre presente na sua vida e na dos seus irmãos. Isto influenciou de alguma forma a escrita deste livro?
R- Do ponto de vista da estética somos sempre influenciados pela cultura a que somos expostos em criança.

P-Considera que os jovens de hoje em dia, com os avanços da tecnologia e entretenimento virtual, ainda se preocupam e têm gosto pela leitura?
R- Alguns terão, não é assim, Margarida?

P- Que mensagem gostaria de deixar a esta turma de alunos do 10º ano de escolaridade, do curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias, relativamente ao seu livro que por mim lhes é apresentado?
R- Que não há nada tão importante na vida como a própria vida.


Margarida Ribeiro, 10º ano, turma A


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Adolescentes e bibliotecas




Livraria Lello no Porto. Uma das mais belas do mundo.

Leitura, ler e livros. Palavras que nos atormentam desde que deixámos de o fazer por gosto. Somos jovens e temos um espírito contraditório, logo, se algo se torna obrigatório deixa de ser da nossa vontade (não em todos os casos, como é óbvio). Há três anos que voltei a ser uma adolescente apaixonada por livros. Ler por gosto ensinou-me a ler. Agora, que o sei fazer, procuro locais onde os livros me possam cumprimentar e ensinar.
 Só os “loucos” vão à biblioteca da escola para ler, dizem alguns. Mas são os loucos que vão enlouquecer os restantes, mostrando-lhes que aquele é um local cheio de tudo. A cultura necessária, para todas as disciplinas da vida, está ali resumida em prateleiras repletas de capas e títulos para casa fase da vida de um jovem. Temos de vir para este recinto- afirmam outros-roubados aos nossos sonhos, e isso nunca poderá ser agradável.
Prometo-vos que, uma vez entregues à loucura acertada das palavras, serão loucos por elas. 

Estrela Palma, 10º D

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014







Livro do Mês




          
         
            OS JOGOS DA FOME de Suzanne Collins


 Se gostas de livros de ação e de aventura Os  Jogos da Fome é o indicado para ti.
Este Livro retrata um futuro pós-apocalíptico num país ‘’Panem’’ que está dividido em 12 Distritos. Cada um destes Distritos terá de escolher um rapaz e uma rapariga que terão de lutar numa arena até à morte. Só um dos vinte e quatro adolescentes escapará com vida, nos chamados Jogos da Fome.
Katniss Everdeen é uma adolescente do Distrito 12 e foi obrigada a” voluntariar-se” para os Jogos da Fome para  substituir a sua irmã mais nova.
Conseguirá Katniss, conservar a sua vida e a sua humanidade? Será que terá de ‘’Matar para Viver’’?
Um enredo fora de série e  personagens inesquecíveis são as qualidades deste livro que é o primeiro desta fantástica Trilogia.

                                                                                                                      Joaquim Borges nº13 10ºC

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

LIVRO DO TRIMESTRE. OS JOGOS DA FOME – THE HUNGER GAMES por Inês Queiroga



  
Os Jogos da Fome ou The Hunger Games é, sem dúvida, o melhor candidato a livro do trimestre. Mesmo sendo um livro destinado a leitores mais jovens, a escritora Suzanne Collins conseguiu cativar até os adultos, com uma das histórias mais “brutais” que eu já li.

Tem todo um enredo que vai desde o cliché do romance à imprevisibilidade das aventuras e, pelo menos a mim, prendeu-me da primeira à última página. Leio, e à medida que vou passando as páginas sinto que conheço cada vez melhor as personagens e admito que, por diversas vezes, me senti eu própria uma das personagens. Aconselho vivamente a leitura deste livro, pois apesar de pensarmos que é só mais um livro de ficção, é um dos melhores livros de ficção de sempre. Não só pela ação, mas também pela forma indiscritível como nos envolve.
 

 
Inês Queiroga 10º D Escola Secundária Gabriel Pereira
Nota de leitura elaborada em contexto curricular da disciplina de Português
 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Livro do mês de Janeiro

Alma de Manuel Alegre

Sabemos que a vida deixa rasto, restos que a memória selecciona, actualiza. O narrador de Alma guardou nesse arquivo fantástico o passado de criança e de jovem adulto: a vida familiar, os amigos, os namoros, os segredos, a escola, as brigas...

O tempo da escrita reveste os acontecimentos com opiniões, reflexões, abordagens diversas e plenas de interesse literário e histórico - (...)«Quando li ,pela primeira vez, as teses de Marx sobre Feuerbach, de quem eu me lembrei foi do Júlio. Mas não adianta saber se é a consciência que determina o ser ou o ser que determina a consciência, nem se o homem, mudando a circunstância, a si mesmo se modifica. O certo é que o Júlio, porque era pobre, não teve acesso ao liceu nem à universidade(...) Para mim era mais injusto do que não ter sapatos.(...) Perguntei ao Victor Sapateiro. Ele estava a cortar sola, olhou-me duramente e respondeu:Estudar não é para os pobres»(...)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Oficina de Apoio ao Contrato de leitura

Apoio ao Contrato de Leitura

A equipa da Biblioteca informa acerca de uma Oficina Permanente de Apoio ao Contrato de Leitura que funcionará semanalmente às segundas-feiras, das quinze às dezassete horas e que tem como objectivo prestar ajuda aos alunos que necessitem de apresentar um livro ou um poema, por exemplo, e queiram aperfeiçoar a interpretação (do texto/livro) ou a apresentação oral (centrada em técnicas que visam a comunicação eficaz).